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As chances de você gostar dessa série são de 99% :)
Eae pessoal. Já aviso que esse não vai ser um texto muito grande. Não há muito o que se falar quando a série é realmente boa. Simplesmente tudo se encaixa no lugar certo e, no fim, tudo que você quer é o próximo episódio. Séries assim são raras e, por isso, geralmente meus textos são bem maiores. O que tenho a dizer antes de falar de verdade sobre o episódio é que, se você ainda não assistiu, você só precisa parar de ler e ir assistir. Não espere nem mais um segundo, realmente ela vale a pena.
Continuando...
Com uma premissa simples de um grupo de gênios (+ uma garçonete) que são a última esperança para evitar um grande desastre aéreo, Scorpion tem o seu tom bem definido nesse piloto, o que ta raro de encontrar. Definitivamente não tenta forçar comédia em momento algum e ta preparada pra se tornar um procedural (séries de um caso por semana) leve e bem funcional, o tipo de série que sempre te faz querer mais. Fora uns errinhos de física (porque as chances do seu cabelo continuar arrumado com seu carro a 300km/h sem o teto são de 0,12%), a série cativa e deve construir um bom público em pouco tempo.
Mas pra falar de tudo que a série tem de bom, primeiro é necessário falar do elenco. Não importa quão bom seja um roteiro, se colocado na mão de atores que você simplesmente não consegue gostar, o trabalho vai ser prejudicado no fim. E se você coloca um roteiro ruim na mão de ótimos atores, eles ainda conseguem te convencer a voltar semana que vem. O bom é que nesse caso é mútuo, tanto em roteiro quanto em atuação (5/6 é uma boa média de bons atores).
Pra começar, nosso protagonista. Walter O'Brien (Elyes Gabel) é o gênio por trás do grupo Scorpion. Com QI de 197, é provavelmente o personagem mais legal da série e conseguiu bolar as soluções necessárias mesmo sob pressão e com milhares de vidas dependendo dele. Mas nada disso seria possível sem Paige Dineen (Katharine McPhee), uma garçonete que é praticamente puxada para esse mundo por estar no lugar certo na hora certa. Não vou mentir e dizer que gosto da McPhee como atriz, mas acho que finalmente ela pegou um papel bom o suficiente pra deixar ela crescer. Uma mãe solteira, trabalhando pelo filho e lidando com a recem descoberta de que ele é um gênio, me parece desafiador e é disso que ela precisa.
Completando o elenco temos Eddie Kaye Thomas (interpretando Toby Curtis, o psicologo), Jadyn Wong (interpretando Happy Quinn, a mecânica [unica atriz realmente ruim da série. Não da pra levar a sério o que ela diz, mas ela parece fácil de gostar, vou dar essa chance pra ela]), Ari Stidham (Sylvester Dodd, a calculadora humana) e Robert Patrick (Cabe Gallo, o agente do governo responsável por essa equipe). Nem todos tiveram a chance de mostrar realmente seu potencial nesse piloto, o que é ótimo. Tacar informação demais na cara do telespectador não é a maneira certa de criar uma boa série.
Com piadas inteligentes no momento certo e cenas de tirar o folego, com grandes corridas no transito e depois com aviões e ferraris (o diretor do episódio dirigiu os últimos Velozes e Furiosos e resolveu matar a saudade dos carros na série, o que foi ótimo), a série consegue conquistar facilmente o público buscando diversão. E do lado mais sensível, a série ainda conseguiu demonstrar bem o amor de uma mãe tentando impressionar o filho, custe o que custar. Não consigo imaginar que público não vai gostar.
Tudo isso não quer dizer que não há espaço para melhorar. Considerando que é baseada em histórias reais (bem levemente baseada imagino...), esse piloto foi um tanto quanto fantasioso demais. Nunca fui fã de tramas estilo "só eles podem resolver". É a escolha mais fácil de se fazer e, pra mim, é fugir de temáticas mais desafiadoras. Espero que isso tenha sido só para o piloto e, nos próximos episódios, a filosofia seja "milhares de pessoas podem resolver, mas nós resolveremos melhor". É então que os desafios realmente aparecem.
De qualquer jeito, fica aqui a recomendação. Assista Scorpion o mais rápido possível e venha esperar o próximo episódio comigo. Se tudo der certo, vai ser uma longa jornada!
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